Quando
chegou em Belém, para gravar seu primeiro CD, perguntaram a Tony Cajazeira onde
estavam as letras e as partituras das músicas, quando ele colocou o indicador
em direção à cabeça e disse: “tão tudo aqui!”
A
surpresa do cara da gravadora deve ter sido a mesma do público de Chapadinha
quando ouviu o que saía daquela cabeça iletrada e genial. Naquele final dos
anos 90 Cajazeira vendia CDS e lotava festas.
Basta
ouvir as músicas para sacar que Cajazeira não tem comparação, cantava as coisas
do povo com fidelidade e humor. Hoje que ele sai de cena neste plano, talvez
fosse o caso de lamentar qualquer injustiça ou falta de reconhecimento, mas não,
Cajazeira merece ser lembrado sem tristeza ou pieguice.
Cajazeira
é autenticamente adorado por gente simples como ele e isso é maior que a ausência
e mais forte que a morte.
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