O
deputado Levi Pontes / Solidariedade, em pronunciamento feito na sessão desta
terça-feira (17), ressaltou a importância da medicina preventiva para evitar a
superlotação nos leitos dos hospitais em todo o país. Ao contrário da sua
colega Andrea Murad (PMDB), que defende a adoção de medidas voltadas para o
atendimento hospitalar de alta e média complexidade, o parlamentar entende que
é através da atenção básica que a saúde dos brasileiros vai melhorar.
Ele
lembrou que a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde
alertam que com as ações primárias, são resolvidos cerca de 80% de todos os
problemas de saúde pública, daí a importância de se trabalhar na atenção
básica.
“Hoje,
no Maranhão, quatro pés são amputados por dia. No final do ano, mil pessoas são
amputadas, diminuindo a sua capacidade de trabalho. Por que esses diabéticos
chegam ao hospital dando prejuízo para todo o sistema, tornando o ser humano,
pai de família, incapacitado? Porque não existe medicina primária”, alertou
Levi Pontes.
Ao
afirmar que não culpa o governo anterior pelo caos na saúde, o deputado disse
que há uma distorção do modelo da saúde. Tanto que, segundo ele, as medicinas
mundial e brasileira chegaram à conclusão, que deve haver mais investimentos na
prevenção.
“A
minha discussão é evitar que o paciente chegue ao hospital; chegue à UTI. Os
prefeitos têm que entender, de uma vez por todas, que nós temos que investir em
medicina. Foi um grande equívoco do passado, investir em hospitais. Todo
prefeito quer um hospital, porque inaugurar é sempre bom, mas nós precisamos é
de água potável e de saneamento básico para o nosso povo”, afirmou Levi Pontes.
Ao
finalizar, o deputado disse que o grande segredo e o sucesso do século da
Medicina é mudar o paradigma da saúde de que Estado bom, é o que tem hospitais;
que tem UTI, pois esse não é esse o parâmetro que se usa no mundo. “O que eu
quero é a mudança do paradigma de se fazer saúde, e não só construção de
hospital e UTI. Isso é muito importante para os casos terminais, para os casos
graves, mas nós queremos é evitar que estes pacientes cheguem lá”, assegurou
Levi Pontes.
Em
apartes Andrea Murad e Raimundo Cutrim (PCdoB), comentaram a fala de Levi
Pontes. Andrea lembrou que a atenção básica é de responsabilidade do
município e que ao Estado cabe oferecer o atendimento de média e alta
complexidade. “Não sou contra o governo do Estado ajudar na atenção
básica, mas desde que ele cumpra as suas obrigações. Flávio Dino não está
conseguindo manter tudo que ele recebeu”, enfatizou Andrea Murad.
Já
Raimundo Cutrim afirmou que a situação da saúde é grave e o Estado não tem
condições de manter toda estrutura que foi montada na saúde, no governo
passado. “A situação hoje da saúde, é crítica. É muito difícil para o Estado
chegar e assumir uma estrutura gigantesca que foi, única e exclusivamente,
montada para campanha eleitoral”, disse o deputado.
Da Agência Assembleia
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