Pedreiro Fala ao Jornal Pequeno Sobre
Pressões e Ameaças Contra Sua Família
O pedreiro Antônio Francisco Martins, de 38
anos, conhecido como “Tony Black”, procurou o secretário de segurança – Aluísio
Guimarães para comunicar que vem sofrendo ameaças e pedir proteção da polícia.
O acusado, que se apresentou a polícia e confessou o crime, disse que sua
esposa está sendo coagida e que seu irmão teve uma arma apontada para sua
cabeça.
De acordo com Antônio Francisco, as pessoas
apontadas por ele como sendo os mandantes do crime – o vereador Abdias Cidrão e
o proprietário da Pizzaria Sagitaurus, identificado apenas como Cardoso –
teriam procurado sua mulher afirmando que ele havia sido sequestrado e seria
morto pelos donos da emissora que incendiou, na tentativa de que ela revelasse
o local onde o pedreiro estava. Ainda segundo o acusado, no dia em que prestou
depoimento na Delegacia Regional de Itapecuru, para o delegado Eduardo Munis,
ele recebeu uma ligação de sua irmã Camila Ferreira que teria lhe informado que
o homem que lhe deu cobertura no crime, identificado apenas como Marcelo, teria
ido a sua casa e colocado uma arma na cabeça de seu irmão Antoniel Ferreira,
para que ele revelasse o seu paradeiro.
Segundo Antônio Francisco, Marcelo estava à
procura do dinheiro que receberia pelo crime. “Eu fiz tudo isso porque estava
precisando do dinheiro. Minha família estava passando necessidade. Mas, minha
consciência doeu e aí eu procurei o dono da emissora e contei toda a verdade e
não fui receber o dinheiro”, declarou o pedreiro.
Conforme explicou o acusado, desde que
confessou o crime, ele vem passando as noites em locais diferentes, temendo
sofre represarias dos mandantes, que ele afirma ser. “Me fizeram essa proposta
inicialmente a cerca de um mês, por meio de um homem chamado de Chapeuzinho,
que é vigia da emissora em Vargem Grande.Como estava precisando de dinheiro,
aceitei. O vereador não chegou a acertar o preço. Ele só me garantiu que me
pagaria o suficiente para acertar minha vida e me daria um emprego na obra da
construção de uma creche na cidade. Eu já havia trabalhado com ele em suas
campanhas política”, detalhou Antônio Francisco.
Segundo Antônio Francisco, o secretário
Aluísio Mendes, durante conversa com o acusado na tarde de ontem, garantiu que
vai encaminhá-lo para um espaço na Academia de Polícia, onde ficará até o final
do processo.
Gabriela Saraiva – Jornal Pequeno
Nenhum comentário:
Postar um comentário