Em
sessão extraordinária a Câmara Municipal aprovou a formação de uma comissão de
parlamentares para acompanhar os atos da prefeitura durante período de validade
do decreto de emergência.
Os
vereadores de oposição começaram cobrando do líder do governo cópia do decreto
e outras informações e o vereador Irmão Carlos (PRB) declarou não ter tido
acesso ao documento.
Oposição Afiada
Samuel
Nistron (PMDB) indagou o presidente se era verdadeira a notícia do decreto ou
simples especulações, uma vez que nem o líder possuía cópia do mesmo. "Esse decreto existe mesmo, não é
história de blogueiro não? Por que até agora ninguém tem uma cópia sequer desse
decreto? Além do blog esse decreto não foi publicado em nenhum outro lugar aqui
na cidade", questionou.
O
vereador Eduardo Sá (PRTB) apresentou fotocópia do Diário Oficial do
dia 18 de janeiro em que consta o decreto assinado por Belezinha.
Enquanto
a defesa do governo ficou por conta de Lívia Saraíva (PTB) e Irmão Carlos, o
ponto de vista da oposição foi sustentado por apartes de Samuel Nistron e
Márcia Gomes, e pronunciamentos de Eduardo Braga (PT), Eduardo Sá e Missicley Araújo (PR).
Eduardo
Sá estranhou que depois do decreto várias publicações sobre licitações entraram
no Diário Oficial de forma irregular e com datas confusas. Sá solicitou que o
líder Irmão Carlos esclarecesse os fatos em nome do governo.
A
vereadora Missicley Araújo, disse que só a falta de informações justificaria a
convocação da câmara e se associou ao pedido de informações de Eduardo Sá.
O
petista Eduardo Braga foi mais incisivo dizendo que não se tratava de um
assunto qualquer e chamou atenção para o artigo 3º do decreto que autoriza
obras e compras de materiais sem licitação. “Temos uma prefeita dona de
construtoras e lojas de materiais de construção, o secretário de obras, que é
todo poderoso do governo, também atua no ramo de construção civil, por isso é
nossa obrigação fiscalizar este decreto de emergência”, disse.
O
presidente Nonato Baleco (PDT) também usou a tribuna na qualidade de vereador para
defender a convocação extraordinária dizendo que o povo espera que a câmara
atual não seja omissa e que a sessão era uma resposta aos anseios populares.
Marcelo
Calado
O
vereador Marcelo Menezes – que falava em quase todas as seções da legislatura
anterior e se esperava alguma palavra em defesa da prefeita Belezinha – apenas cumpriu
as funções de 1º secretário, não usou a tribuna e nada falou sobre o decreto de
emergência.
Vexame
da Base Governista
O
vereador Manim Lopes (PT) tentou remarcar a sessão para outra data argumentando
falta de cópia do decreto. Lívia Saraiva reafirmou disposição em defender a
prefeita e falou sobre as dívidas com o IPC e INSS deixadas pela gestão
anterior. Questionada sobre a relação dos fatos com o decreto e pela ausência de
auditoria ou comprovação do rombo por Samuel Nistron, Lívia limitou-se a dizer
que administração passada dera sumiço nos documentos da prefeitura.
Líder
no Vácuo
No aguardado
pronunciamento do líder do governo, nenhuma informação importante foi prestada
por Irmão Carlos. Ele pediu compreensão
dos colegas, fez apelo pela união dos parlamentares por um trabalho em favor da
cidade, ressaltou que prefeita estava bem intencionada, usou uma parábola bíblica
para justificar a assinatura do decreto em um domingo e, por fim, se
comprometeu em buscar informações junto ao poder executivo para responder os questionamentos
dos vereadores.
No
momento da votação de uma proposição do vereador Eduardo Braga que instituía uma
comissão para fiscalizar os atos relativos ao decreto de emergência, o líder foi
o único a se levantar para manifestar voto contrário à proposta. Os demais
vereadores da base de Belezinha ficaram sentados e a comissão foi aprovada por
14 votos contra 1 do líder Irmão Carlos.
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