Por: Eduardo Braga – Vereador PT
Difícil avaliar os 100 primeiros dias de um governo
que parece nem ter começado. A concentração do atendimento hospitalar
unicamente no HAPA, a mudança na data do pagamento do funcionalismo público e a
estagnação econômica podem ser lembradas como as grandes marcas da
administração competente. Uma beleza.
Mais recentemente tivemos o episódio da
distribuição de peixes na semana santa. Havia o receio do peixe não ser
distribuído por ser considerado marca das gestões de Magno Bacelar, mas a
prefeita mostrou grandeza ao deixar a picuinha de lado e manter a tradição,
mas, talvez por falta de experiência, falhou no processo de entrega.
Parte dos peixes distribuídos estava podre,
completamente impróprio para o consumo e levaram aqueles que se submeteram às
filas para receber o pescado à frustração. A prefeita poderia admitir o erro,
investigar onde ocorreu a falha e tentar ter mais cuidado na distribuição do
ano que vem (se ainda estiver na prefeitura), mas, ao invés disso, tentou negar
o óbvio, respondeu com nota atacando quem repercutiu a denúncia e, pior, registrou
Boletim de Ocorrência contra o parlamentar Eduardo Sá e a imprensa livre que
tratou do assunto.
A lei orgânica do município deixa claro que "o
vereador é inviolável pela palavra, opinião e voto". A imunidade
parlamentar torna inútil, portanto, uma prefeita tentar processar um vereador
por cumprir a sua obrigação. Tentar processar jornalistas que repercutiram a
denúncia do parlamentar nem se fala.
O episódio do peixe podre, infelizmente, é apenas
um exemplo do cenário geral deste início de governo. Sucedendo uma
administração tão rejeitada, tinha tudo para estar em alta, mas a mistura de
incompetência, com arrogância e falta de projeto estratégico para a cidade
fazem o governo patinar neste começo. Pelo bem da cidade, espero sinceramente
que melhore.
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