Em todos
os pronunciamentos anteriores ao da última sexta-feira (19), na rádio Cultura,
a prefeita nunca admitiu a hipótese de retornar o pagamento para o dia 20 e
chegou a dizer que cada governante tinha sua maneira de governar, enfatizando
que em seu governo o pagamento ficaria mesmo no dia 30 e ponto final.
Educadores,
servidores em geral, SINDCHAP, vereadores de oposição e governo e até
empresários cobravam a volta do pagamento para o dia 20. Somente agora a
prefeita se sensibilizou com clamor.
A
expressão pelo beiço é termo (pejorativo e forte) usado quando se quer dizer que
alguém fez algo contra a vontade, que contra-gosto foi tocado a fazer o que não
queria inicialmente.
Pressão
política é algo inerente à democracia: grupamentos sociais, categoria
profissionais e representantes de interesses usam o poder da mídia, da política
e da opinião pública favorável a determino pleito para “convencer” autoridades
no atendimento.
No
caso do retorno do pagamento, quando a prefeita teimou em não ceder aos anseios
da população, mostrou-se alheia às pressões legítimas e terminou levada “pelo beiço” mesmo, ao só recuar depois de muito desgaste.
Quando
mais setores da imprensa aliada tentam evitar que o episódio seja capitalizado
pela oposição, proporcionalmente se comprova o prejuízo do governo no caso
concreto.
Mas
nem tudo é negativo nesta história: na pressão ou “pelo beiço” Belezinha terminou
demonstrando maturidade política ao superar teimosia, voltar atrás e copiar uma boa iniciativa de
seus adversários.
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