Após denunciar superfaturamento na
aquisição de terreno pela prefeitura e ter oportunidade impedir a aprovação, os
vereadores ligados ao ex-prefeito Magno Bacelar fazem acordo para compra de
terreno no valor de 220 mil no lugar de outro equivalente e pelo custo de 70
mil reais.
O projeto que autorizava a prefeitura
adquirir terreno na Vila Izamara para a construção de uma escola e quadra
poliesportiva, com verbas federais, foi colocado em votação durante a sessão de
hoje (02/03), teve o repúdio da oposição. Ao se pronunciar sobre a matéria, o vereador Júnior Carneiro / PV
declarou que iria se abster da votação por considerar o valor superfaturado.
Segundo Júnior Carneiro, enquanto a prefeitura pretende pagar R$ 220.000,00,
o governo anterior chegou a negociar um terreno equivalente por 70 mil.
Se dizendo indignado com o valor do
terreno, Júnior Carneiro anunciou que ele, Mônica Pontes / PV e Netinho Gedeão /
Cidadania se absteriam da votação em repúdio ao superfaturamento.
Como matérias do tipo precisam de
maioria de 10 votos e o governo não atingiria tal quórum sem os votos da oposição,
o impasse foi criado. Atônita a base aliada de Belezinha chegou pedir a
retirada do projeto, o que já não era possível porque a votação já havia começado.
Diante da situação, o presidente
Antonio Tote/Avante, suspendeu a sessão por 10 minutos. Na volta, e após
conversa reservada com outros vereadores, os parlamentares de Magno resolveram
votar a favor do projeto e ninguém mais falou sobre o valor de 220 mil que a
prefeitura foi autorizada a comprar nem sobre a possibilidade de adquirir o outro
terreno de 70 mil reais.
Ao denunciar um valor que considerou absurdo, apresentar uma alternativa que economizaria verba pública, ter oportunidade barrar o projeto, para depois votar
a favor do superfaturamento e se calar sobre o resto, a oposição deixou de
fazer o seu papel fiscalizador e deu asas às especulações sobre o famigerado
acordo entre Magno e Belezinha ou coisa pior.
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