O jornal “O Estado do Maranhão”,
matutino de maior circulação no estado abordou - na edição deste domingo, dia 12 - o acirramento de ânimos da
campanha de Chapadinha e de Alto Alegre do Pindaré, com destaque para o caso do
irmão da candidata Belezinha que é acusado de agredir duas mulheres (uma delas
grávida de 7 meses), na última quinta-feira.
12/08/2012 - editoria de Política
- Jornal O Estado do Maranhão
A proximidade das eleições deste ano e o acirramento das disputas entre os diversos grupos políticos têm motivado tensões que vão além da briga pelo voto em alguns municípios do interior do estado. É o que ocorre, por exemplo, em Chapadinha e Alto Alegre do Pindaré.
No primeiro caso, um irmão da candidata a prefeita
Dulcilene Pontes Cordeiro (PRB), a Belezinha, da coligação "Chapadinha
para Todos", é acusado de agressão física por duas mulheres ligadas à
atual prefeita, Danúbia Carneiro, que apoia a candidatura do deputado estadual
Magno Bacelar (PV).
Segundo Mércia Cristinny Silva, 21, e Kacylda Cruz,
30, o irmão da candidata, identificado apenas como "Galo", as abordou
em uma motocicleta numa rua deserta da cidade, retirou a primeira, que dirigia
o veículo em que as vítimas trafegavam, puxando-a pelos cabelos e a agrediu com
socos, pontapés e ofensas morais.
O fato ocorreu na noite de quarta-feira, dia 8, e
foi registrado pelas duas vítimas na manhã de quinta, dia 9, na 3ª Delegacia
Regional de Polícia Civil. No Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) lavrado
pela delegada Mary Jane Monteiro Lemos, elas relatam como tudo aconteceu.
"QUE "Galo" desceu da motocicleta,
jogando o capacete no chão e, ato contínuo, abriu a porta do veículo e desferiu
um soco no rosto de Mércia; QUE Mércia tentou dair do carro, porém foi impedida
por "Galo", que empurrou a porta, imprensando-a; QUE, em seguida,
"Galo" puxou Mércia pelos cabelos para fora do carro", diz o
relato de Kacylda Cruz.
Grávida de sete meses, ela contou a O Estado que
foi a reação das duas que impediu o agressor der fugir do local. "Ele
vinha seguindo nosso carro e esperou que a gente entrasse numa rua deserta para
nos agredir porque pensou que ia fazer isso e sair de lá. Mas ele não esperava
que a gente reagisse e que outras pessoas depois chegassem ao local",
declarou.
Segundo Kacylda, após ver o tumulto que havia
causado, o cidadão conhecido como "Galo" começou a agir como se fosse
vítima de agressão. "Primeiro, chegou uma senhora evangélica, gritando que
ele era um covarde. Depois disso, chegaram várias pessoas. Aí, ele começou a
gritar: "Estão me batendo! Estão me batendo!". Mas todo mundo sabe
que foi ele que nos agrediu, tanto que fugiu do local antes da chegada da
polícia", completou a vítima, apontado hematomas no rosto e nas mãos de
Mércia Silva.
Disputa política - Candidato a prefeito pela
coligação "Chapadinha Mais Feliz", o deputado estadual Magno Bacelar
diz não ter dúvidas de que a agressão sofridas pelas duas - Mércia Silva é
cunhada da atual prefeita e secretária parlamentar do deputado - foi motivada
pela disputa política.
O candidato lembra que, na manhã do dia em que elas
foram surpreendidas pelo irmão de Ducilene Belezinha, Mércia tinha participado
de ato de campanha com ele, no comércio local. "A Mércia é muito querida
em Chapadinha e passou a manhã andando comigo pelas ruas, no comércio,
abraçando o povo e isso deixou nossos adversários muito nervosos",
garantiu. Ele diz, também, que foi a própria candidata quem deu fuga ao
agressor.
Belezinha Nada Fala
Contatos - Sobre o caso de Chapadinha, a reportagem
de O Estado tentou contato durante toda a sexta-feira, dia 10, com Ducilene
Belezinha para que ela se pronunciasse sobre as acusações de Magno Bacelar e
suas aliadas. A candidata não atendeu às chamadas, nem respondeu às tentativas
de contato por mensagem de texto e caixa postal do celular.
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