quarta-feira, 20 de julho de 2016

Belezinha Diz Que Chapadinha Não Tem Papelaria Capaz de Vender pra Prefeitura


Entre as inúmeras denuncias levantadas por este blog, o superfaturamento do Mais Educação é mais um escândalo que só tivemos um pronunciamento da prefeitura quase dois anos depois e com a prefeita Belezinha declarando oficialmente às autoridades de Brasília que seus diretores de escolas tiveram que se dirigir a São Luís para adquirir produtos, porque – segundo a própria gestora – Chapadinha não possui sequer uma empresa do ramo de papelaria capaz de atender a prefeitura local.

Lembrando o Caso
Em maio de 2014 nosso blog teve acesso a cheques em branco, farta documentação sugerindo direcionamento para uma papelaria de São Luís e planilhas de compras com suspeita de superfaturamento de até 900% e desvio de recursos em grande parte dos recursos do Mais Educação da ordem de R$ 2.574.150,00 (dois milhões, quinhentos e setenta e quatro mim e cento e cinqüenta reais).



Entre os materiais adquiridos chamavam atenção, entre outros, o Atlas Geográfico que na lista da papelaria de São Luis teria sido vendido à prefeitura por R$ 90,00, sendo que pela Internet um exemplar da mesma editora sai por R$ 9,90 e na Papelaria Galvão um similar podia ser comprado por R$ 7,90. Foi constado também a compra de um bolo de sementes por R$ 1.000,00. 

Nenhuma Papelaria de Chapadinha vendeu um centavo dois milhões e meio do programa. Clique aqui para ver a matéria completa.

Chapadinha Não Tem Papelaria
A matéria do blog serviu de base para denuncia do vereador Marcelo Menezes / PRP junto ao Ministério da Educação e Procuradoria Federal e teve resposta da prefeita em outubro de 2015 por meio do Ofício 376/2015, endereçado AP Coordenador Geral de Apoio à Manutenção Escolar Djailson Dantas de Medeiros.

Na resposta, mesmo com toda a documentação e fundamento, Belezinha tratou de desqualificar a denuncia como obra de opositores e alegou que a maior parte dos recursos foram gastos com pagamento de monitores e (também apesar de a matéria mostrar cópia de cheques assinados em branco) negou ter dado ordem à todas as diretoras comprarem na mesma loja da Capital.

Cheques de Escolas para Pagamento do Mais Educação

Esse Bolo de Sementes Saiu por R$ 1.000,00

Já com relação ao fato de não ter adquirido produtos em Chapadinha a prefeita foi bem clara ao menosprezar as lojas que atuam no município. “Informamos que foram feitas pesquisas de preços em vários estabelecimentos comerciais, tanto da nossa municipalidade (Chapadinha) como de outras cidades, dentre elas a capital do Estado. Com relação às empresas locais, não obtivemos êxito, uma vez que ou os preços estavam acima do permitido para aquisição dos kits pedagógicos ou não haviam todos os produtos necessários”, disse Belezinha em seu ofício insistindo que apenas a loja de São Luís reunia condições de atender as escolas da Rede Municipal.

Sobre os preços dos produtos Belezinha confirmou o valor das compras realizadas como o blog noticiou e, embora a matéria tenha sido minuciosa em mostrar os valores bem mais baixos praticados em Chapadinha com endereços dos estabelecimentos locais e fotos dos produtos e seus preços, a prefeita chegou ao cúmulo de dizer que esta página não apresentou documentos dos preços mais baixos.

E o Setor de Material de Construção?

Se para Belezinha nenhuma de nossas dezenas de lojas do ramo de papelaria tem condições de atender um programa da prefeitura, já no setor do material de construção temos padrão de primeiro mundo e o destaque é aquele estabelecimento do número 1.336 da Avenida Ataliba Vieira, chamado de Júnior Construções, fornecedor universal e exclusivo das obras do município, que todo mundo sabe a quem pertence.  

Abaixo o Inteiro Teor do Ofício


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