Enquanto as atenções estão todas
voltadas para o executivo por conta da pandemia, a Câmara Municipal tem sido
omissa em seu papel de debater os temas chegando ao ponto de suspender até
sessões pela internet atribuindo a decisão ao vírus.
No dia 25 de maio a mesa diretora
suspendeu até as atividades remotas, mas no mesmo dia o presidente Tote e
outros 9 vereadores estavam juntinhos lado-a-lado no gabinete da prefeita em
reunião de um suposto comitê de enfrentamento à covid. Detalhe importante é que
dos 5 vereadores da oposição nenhum foi convidado a participar.
Segundo a ótica do comando da câmara,
as sessões que poderiam debater, propor medidas e questionar a condução do
executivo no enfrentamento à covid poderiam infectar alguém ainda que
realizadas via internet e cada um na sua casa.
Já quanto ao chamado da prefeita, o
presidente Tote não mediu esforços se arriscou pelo bem do município e ainda
demonstrou humanidade em dispensar a oposição de tal sacrifício, não é mesmo? (as vezes eu sinto falta de um sinal de pontuação específico para ironia).
Sarcasmo a parte, a exemplo de Tote e
Alberto Carlos, os vereadores que mais falavam de altivez e independência do
parlamento acabaram de rebaixar como nunca antes aquele poder. Sabemos que a
chegada ao governo muda comportamentos e práticas, mas hão de ter ainda um fio de consciência
para saber que não se pode servir a dois senhores: ou voltam a trilhar o caminho de
um mandato digno ou mantêm-se dentro da sacola da humilhação diária. Os dois
não dá!
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