O quadro da pandemia em nosso
município é muito claro: aumento exponencial de ativos, escalada de mortes,
rede de saúde enfraquecida e deficiente da UPA às UBSs, falta de regras de distanciamento
mais rígidas, fiscalização zero e vacinação muito aquém do mínimo esperado.
Diante disso cresce o discurso fácil
de que o ente largo chamado povo seja o grande culpado por tudo. De fato quando
se ver festas e aglomerações acontecendo mesmo diante da gravidade da situação,
a tendência é transferir toda a nossa indignação a alguém, e se este alguém for
indeterminado como povo e população – tirante as vítimas e as famílias – fica fácil
pra todo mundo.
Esse lance de culpar “ozotro” relaxa
a responsabilidade individual e passa o pano em erros de governos que têm muito
relação com a tragédia. Por isso é necessário manter foco em medidas corretas que
precisam começar pelas autoridade para depois submeter a população.
Vamos às propostas para nossa
realidade municipal: mais médicos na UPA e UBS’s, mais testes, remédios e
equipamentos para profissionais; distanciamento social mais abrangente que o
decreto editado neste domingo e fiscalização continua e mais rigorosa do que esta
que só começou a acontecer na noite de sábado.
No mais, é buscar a união em apoio às
medidas necessárias, sem deixar de cobrar e opinar. E sobre a culpa? Não é o momento. Mas o julgamento virá e será implacável se nada for mudado ou duro tanto
quanto fracas e tardias foram as ações e decisões.
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