Por: Almir
Moreira – Advogado
Quando digo
o que acontece por aqui, pelo menos no tocante a saúde, acontece também no
Brasil, não falo por falar ou com meias desculpas, é fato e, fato fácil de
constatar.
O noticioso
jornalístico tem ocupado horas e páginas pelos mais variados Estados da
Federação dando conta da miséria vivida pela saúde publica. Hospitais abarrotados,
sem leitos, deficientes na estrutura física, sem medicamentos e atendentes em
número suficientes são a tônica; faltam ambulâncias, ou quando tem estão em
péssimo estado, e assim a marca desta saúde universal vai ficando. Pior, às
vezes detecta-se a existência de equipamentos e veículos (ambulâncias) novinhos
em desuso, parados por conta da burocracia ou da inapetência para o cargo por
certos gestores, se é que se pode chamar alguns destes de gestores, só se for
de seu próprio umbigo.
A saúde
pública brasileira cantada em verso e prosa como exemplo, ante sua filosofia e
sistema jurídico implantados, pois, universal a contemplar a todos vai mal;
está a saúde pública no Brasil a precisar de saúde, deste jeito está doente,
enferma, moribunda.
De norte a sul
os problemas são os mesmos. As mesmas células doentias num se repetem no outro,
o mesmo caos no Amazonas é encontrado no Rio Grande do Sul.
A origem do
problema o mesmo: falta de recurso, falta grana para manutenção do sistema. A
cantiga é sempre esta e, antiga. Tudo bem, saúde não é barato. Custa caro sua
manutenção. Mas também é verdade, verdadeiríssima, a má gestão destes tão
decantados poucos recursos ocorre por quase todo o País. Dinheiro público mal
aplicado e gerenciado neste setor corrói o sistema; má vontade, falta de
criatividade e desvio para outros fins engrossam o coro.
Não adianta
um grito solitário num único município, cheirará sempre a política partidária
ou oportunismo de plantão com a dor alheia, esta bandeira deve ser de todos,
ela é nacional. União e Estados faltam com os municípios, todos os dados não
negam a capenga participação destes entes, ambos estão em débito não fazem sua
parte.
Neste momento se avizinha a próxima eleição municipal, disfarçado ou não
alguns dão passos almejando cargos, este tema merecia melhor atenção e
mobilização, e não ser mero alvo de denúncias. Andar correndo atrás de defunto
e louco por alça de caixão não é papel para quem pretende representar a
sociedade, o papel do líder é mostrar o rumo, é apontar a solução, é demonstrar
capacidade para liderar. Chega deste populismo barato, digno dos tempos dos
coronéis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário