Meu primeiro contato com a ex-promotora de Chapadinha se deu
por ocasião de uma entrevista para a edição de estréia da Folha de Chapadinha. O
ano era 1999 (lá se vão 12 anos!). Na época Doracy Reis Santos era uma espécie de
pedra no sapato do ex-prefeito Isaías Fortes, cujos “feitos”, entre salários
atrasados e intervenção do ministério público na gestão da saúde, consumiam boa
parte do trabalho da fiscal do povo Doracy.
Na hora da entrevista, concedida a mim e ao colega Ivandro
Coelho, num cartaz chamava atenção uma frase, que se não me falha a memória,
dizia: “duas sortes de pessoas têm medo do Ministério Público: os ignorantes e
os criminosos”.
Nos longos anos que Doracy aqui trabalhou muita coisa
aconteceu. Entrou novo prefeito, que também recebeu dela o combate quando
tentou arrepiar a lei. O caso do concurso público feito sob pressão e o
acompanhamento de uma auditoria reveladora da CGU na secretaria de saúde, são
alguns exemplos da ação da promotora.
Hoje vejo aventada sua entrada para a política e notícias da
escolha de Chapadinha como local para início de sua militância. Pelo que
acompanho de sua vida profissional aqui e na Capital, posso dizer que ela reúne
as condições básicas para o exercício da política com P maiúsculo: espírito público,
preparo intelectual e coragem.
Por isso, independente de futura convergência,
não se pode negar as alvíssaras de tal possibilidade. Mesmo porque só dois
tipos de políticos devem temer Doracy: os despreparados e os desonestos.
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