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Ontem fiquei sabendo que a vereadora
Márcia Gomes ficou furiosa com a colocação de uma charge da Coluna Chapa Quente
em que aparece entre políticos condenados ou respondendo processo. Segundo
alguns blogueiros presentes à sessão desta segunda-feira, 31 (que acabou não acontecendo
por falta de quórum) a parlamentar estava com cópia da matéria para ser
entregue ao ex-assessor jurídico da Câmara, advogado Almir Moreira para “tomar
as providências” e iria fazer discurso ofensivo à minha pessoa.
De minha parte acho muito mais
desagradável a ira da vereadora que propriamente a ameaça ou concretização do
processo, porque não vejo sentido num debate sobre sua trajetória ou a minha, a
menos que o intuito seja desviar o foco de autoridades mais relevantes ou de temas
mais apropriados.
Apesar de confiar na justiça e nas
garantias que as diferentes esferas têm dado à liberdade de imprensa, não tenho
a ambição de nunca falhar ou de jamais me exceder no direito de me expressar e criticar
agentes públicos e de responder por isso quando devido. Também não sou daqueles
que em cujo primeiro processo me ponho de vítima. Considero o direito de
processar jornalista essencial à democracia na medida em que contem abusos e
faz com que os operadores da mídia redobrem cuidados, o que só melhora a
qualidade da informação e do debate público, tão essenciais à vida social de hoje.
De forma que processos não me intimidam.
No caso em tela, coloquei a vereadora
Márcia naquele rol porque ela responde sim a processo movido recentemente pelo
promotor Douglas Nojosa, o que não quer dizer que ela já esteja condenada. Ora,
se ele que já responde a processo condenada não está, imagine eu que – com relação
à queixa dela – ainda não passei da fase da ameaça.
No que toca às zangas e críticas
públicas – é só olhar os blogs, tvs e rádios pagos pelo governo e meu embate com
eles – para ver que este blogueiro já tem calos nas costas, conhece a história
política de Chapadinha, a vida pregressa de suas personagens e está pronto pra
responder se for o caso.
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