"Tumulto no HAPA, agora pouco,
chegaram três acidentados e um rapaz com convulsão. O mesmo ficou esperando por
atendimento nas cadeiras do lado de fora, e o pior , o HAPA estava sem
recepcionistas para fazer as fichas e sem médicos de plantão"! Afirmou
o denunciante ao Blog da Jane Andrade, que foi - na noite de ontem - ao local e constatou filas e a
falta de atendimento.
Blogs governistas confirmam a falta
de atendimento, mas responsabilizam funcionários. “Ao passo que iam chegando,
as pessoas queriam imediatamente fazer a ficha de atendimento, mas não havia
ninguém na recepção do hospital para fazer o procedimento. O secretário de
Saúde, Alan Monteles, foi informado da situação e, após averiguar, ficou sabendo
que duas pessoas da recepção (que são concursadas) haviam faltado ao trabalho
no plantão da noite. Ainda de acordo com Alan, no momento de maior tensão, não
estavam presentes os dois guardas municipais escalados para trabalhar na
segurança do local”, relatou o blog do William Fernandes. “Alan já esteve
reunido com a prefeita Belezinha que, indignada com a falta de compromisso
destes servidores, determinou abertura de processo administrativo para que
sejam tomadas as providências cabíveis” completou.
O diretor clínico do HAPA também
falou ao Blog da Jane. “Sobre a falta dos recepcionistas Dr. Carlos afirmou que
tudo aconteceu durante a troca de plantão dos funcionários. Os dois
funcionários que faltaram ao serviço não comunicaram a direção do HAPA sobre
sua ausência não permitindo assim que esta providenciasse a substituição dos
dois de forma imediata evitando os transtornos aos pacientes. O clínico
lamentou a falta de ética, compromisso e responsabilidade de alguns
funcionários. Declarou que independentemente de política o funcionário tem que
cumprir seu trabalho de forma digna”, disse o blog da Jane.
Comento:
Funcionários concursados deixando de
cumprir suas obrigações ou mesmo boicotando atendimento no HAPA não é novidade.
Na gestão anterior, de materiais escondidos a quebra proposital de equipamento
se teve notícia. Mas isso – no passado ou presente – não supre uma questão
fundamental: na falta de qualquer funcionário a direção da unidade de saúde
deve ter ciência imediata, esquema de substituição e comando presente para não
ficar refém de maus funcionários. Se quiser realmente ter controle da unidade,
a direção deve ter um encarregado de plantão (alguém leal aos gestores) para resolver
ou acioná-los em problemas pontuais como este, do contrário essa ameaça de
abertura de inquérito administrativo não será mais do que procura de bodes expiatórios
ou acobertamento de outras deficiências mais graves.
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