Com
a impossibilidade da candidatura da ex-promotora Doracy Reis a campanha
eleitoral caminha inevitavelmente para uma polarização até mais ampla que as
verificadas nas últimas disputas. Magno e Isaías continuam incontestes em seus
grupos, o que torna Chapadinha refém de um renitente e dissimulado pacto de
coexistência política entre ambos.
Magno
assumiu faz 12 anos e já poderia ter vaporizado Isaías com a continuação de
boas iniciativas do início de seu primeiro governo e com o trato mais sério e
participativo com relação a seus aliados políticos, mas – talvez por medo do
surgimento de uma nova liderança – preferiu o retrocesso administrativo e o
destrato de companheiros o que tem dado sobrevida rica em votos a Isaías, um
político que não se mostrou apto sequer a pagar os triviais salários dos
funcionários.
Isaías,
por seu turno, tem na manutenção dos votos que tal pacto lhe confere, seu
principal objetivo em qualquer eleição. Já levou a cabo candidatura inviável judicialmente,
enganou e decepcionou seus seguidores com o revés no TSE, e – por mais que
negue – tem calafrios em permitir e apoiar candidato de fora de seu ciclo
familiar. Mais recentemente Isaías se negou a retirar a esposa da disputa para
abrir a vaga de vice na chapa de Belezinha à 3ª via e acabou colocando os independentes nos
braços de Magno e Danúbia. Nenhum líder efetivamente compromissado com a
vitória eleitoral dispensaria apoio potencial de milhares de votos por um cargo
de vice que estivesse prometido ao cônjuge.
Com
o desenrolar das eleições o leitor mais atento vai constatar que nenhum dos
grupos é “essa Coca-Cola toda” que ufanistas de lado a lado apregoam. O governo
arranca e não sai do lugar, os problemas continuam... A oposição rosna, critica
e nenhuma solução concreta propõe, de quebra não consegue explicar o fracasso
de suas gestões.
O
poder individual e personalista de Isaías e Magno sobre a massa que não tem
acesso a informação é tão grande que nem Belezinha ou Danúbia estão soltas de
seus cordões ou escapes de suas tesouras...
E
ainda tem gente navegando na maionese, falando em cura de nossos vícios
paroquiais pela vitória deste ou derrota daquele, quando o máximo que se pode
pretender é a realista redução de dano pra manter viva a paciente Chapadinha.
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