A defesa do ex-prefeito Isaías, ao negar que ele tenha
ameaçado de morte o deputado Magno Bacelar, acabou produzindo “um” Isaías
pacato, incapaz de eliminar uma mosca. Um estadista tolerante e frontalmente
diferente do Isaías quando estava no poder.
Se a alegada ameaça mais recente ainda careça de comprovação,
os modos nada democráticos do ex-prefeito e familiares estão registrados nos
anais da política e em algumas condenações judiciais.
Diante do que já vi e acompanhei ao longo da história de
Chapadinha, chego à conclusão de que existem dois Isaías. O atual, com um
comportamento de humildade e cordialidade e “um” de tempos em que ter o poder
em mãos, era sinônimo de: ameaças de morte a adversários em palanques e de mandar
prender críticos de seu governo. De perseguição a padres e apoio a familiares
quando os mesmos agrediam opositores em praça pública com requintes de
covardia.
Para
comprovar as ameaças em palanque perguntem aos médicos Sebastião Pinheiro e Zé
Almeida que eles contarão que ameaça de morte era corriqueiro nas falas do
Isaías poderoso.
Sintam-se à vontade também para indagar o militante social
Chico da Cohab qual ex-prefeito deu ordens ao então delegado “calça-curta” (e
nomeado a pedido do líder) para prendê-lo, simplesmente por encenar uma peça de
teatro.
A agressão ao advogado Djúnior, sem chance de
defesa, rendeu uma condenação penal ao filho do ex-prefeito e, hoje, vereador,
Marcelo Menezes. Isaías até os dias de hoje, nunca se manifestou sobre o acontecimento.
Poderia passar o dia todo falando de casos do
“indefeso” Isaías, mas, como o período eleitoral é pródigo em ilações e
acusações entre adversários, o que fica é a memória do povo, que é implacável e
deixa claro que não há nenhum Mahatma Gandhi na política local. Nem entre os atuais governantes que têm seus
arroubos de prepotência nem entre os antigos detentores, que mesmo em esforço de
pacifista, são traídos, a exemplo do que fez Isaías em entrevista a Mirante AM
de São Luís, editada por aliados na internet, em que é flagrado recomendando
que os deputados cortem a língua do Magno. Civilizado, não?
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