Por: Eduardo Braga Jornalista
Mesmo sem coragem de reafirmar com
todas as letras a acusação vil que fez e que já remeti ao Ministério Público, o
guia intelectual do grupo Isaías-Dulcilene voltou a apontar sua artilharia
contra mim, dessa vez baixando ainda mais o nível. Como já disse, não lhe cai
bem este papel. Há outros capachos para cumprir essa tarefa.
Entre os novos ataques, houve uma
proposta. Que eu vivesse ao menos por um ano "sem depender de
política". Esquece-se que dos meus 24 anos de idade, eu passei 23 anos
sendo oposição municipal. Passei pela iniciativa privada e pelo terceiro setor
antes do serviço público.
Além de dizer o óbvio, que eu defendo
o grupo político que faço parte (assim como ele defende o grupo dele), ele
levanta suspeitas sobre minhas finanças pessoais. Bem, meu patrimônio é
constituído por um Corsa Classic ano 1999/2000 financiado a se perder de vista.
E vamos combinar que quem apóia Dulcilene devia correr desse debate patrimonial
como o diabo corre da cruz.
O que me causa estranheza é essa
fixação em mim. Parece que a vida não tem mais graça sem falar no meu nome. Até
agradeço a mídia que eles estão me dando, mas receio que este encegueiramento
todo tenha origem patológica.
Não mereço essa atenção toda de quem
já está com a vitória garantida. Quem anda pelos corredores dos palácios da
ilha arrotando que tem 70% de intenção de voto não precisa se preocupar em
atacar um militante insignificante como eu.
Não, meus caros, eu não sou o Zé
Dirceu de Chapadinha, mas se fosse, certamente, seria dele o papel de Roberto
Jefferson. Movido pela inveja e pela tentativa de desviar o
foco das acusações que pesavam contra si, Roberto Jefferson (o original),
acusou Zé Dirceu sem nenhuma prova, mas sob a premissa de que, se algo havia,
só podia ser com o conhecimento e comando dele.
Da mesma forma, criam em mim um
personagem com super-poderes para cortar salários de adversários e distribuir
benesses aos que acenam com apoio.
Enquanto era interessante para a
mídia e para a direita ter alguém batendo em Zé Dirceu, Jefferson recebia muito
tapinha nas costas e tinha suas palavras amplificadas nas manchetes de jornal.
Depois da tarefa cumprida caiu no ostracismo e na insignificância política. Já
Dirceu, mesmo há sete anos sem cargo algum, continua rendendo matérias de capa
na Veja e levantando contra si a ira dos opositores de Lula e Dilma. A ele
basta ser o Zé Dirceu, a mim basta ser esse insignificante militante que expõe
as incoerências de Isaías e seus Blue Caps e desconstrói o discurso dos
salvadores da pátria atrelados ao atraso.
Diferença fundamental
Eu nunca escondi minhas relações
políticas de ninguém e já cheguei a expor nesse espaço episódios dos bastidores
da política chapadinhense com a franqueza de quem não tem porque esconder o que
faz, quem apóia e com quem se alia. Roberto Jefferson (a cópia) assume seu
apoio à pré-candidatura de Dulcilene, mas tenta esconder Isaías, o líder maior.
Não me levem a mal, ser militante de
alta patente do grupo de Isaías não é acusação para ninguém, mas no caso dele é
apenas uma constatação óbvia e inútil de ser negada. Imagino até que se (ou
quando) a pré-candidata e o grande líder romperem ele deve ficar ao lado dela,
mas vamos parar com essa estória de "eu não faço política". Mesmo
quem fica lá no fundo da foto,
como quem não quer se comprometer e tenta esconder suas reais motivações, acaba
aparecendo e sendo desmascarado.
Não estou querendo dizer que
todos que criticam o atual governo são, necessariamente, ligados a Isaías
e seu grupo. Os erros do governo saltam aos olhos e há razões para crítica, mas
me sinto na obrigação de deixar claro que quem está dizendo que vai resolver os
problemas são aqueles que fizeram ainda pior quando tiveram sua oportunidade.
Observação ao da "reta
guarda": Não pensei que depois da 5ª série ainda fosse ouvir alguma
rimazinha infantil entre Braga e praga. Vá trabalhar que é melhor, rapaz.
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