Por: Almir Moreira – Advogado
Alexandre Pinheiro postou em seu blog texto
onde cuida da situação política na Chapada neste momento. A conclusão,
para ele, não foi outra: a polarização entre os grupos tradicionais
recrudesceu, não dá prá ninguém. Parece que a avaliação causou frisson, mais no estabelishement.
Francamente, desse tema
tratei aqui por várias vezes quando abordei a respeito da chamada terceira via,
até uns maus carateres quiseram me indispor com Raimundo Marques, distorcendo
minhas palavras, claro. Desde quando um importante grupamento político composto
por PDT, PPS, PCdoB e PSDB, e, por último, a iniciativa de Doracy Moreira se
ouriçou para caminhar o caminho da terceira via, ou seja, constituir uma
alternativa aos grupos tradicionais da política chapadinhense me manifestei publicamente contrário. Nada contra quem quer que
seja nada pessoal, apenas na minha ótica não via, como de fato aconteceu e,
agora, o próprio Alexandre reconhece, condições objetivas para empreitada como
essa. Sempre disse, e o fiz solitariamente, embora sob discordância honesta ou
picareta, na Chapada ainda não há condições para uma candidatura alternativa,
via própria desapegada de um dos grupos tradicionais. Sofri na carne isso, e o
próprio Alexandre também. Por isso não vejo alvoroço no dito por Alexandre no
tocante a mensagem de fundo. Quanto às justificativas apresentadas por ele aí
são outros quinhentos, nessas respeito a opinião, mas tenho minhas
discordância, que aqui não cabe apresentá-las, o que interessa é a polarização.
No mais, ao meu sentir,
Alexandre, astuto, inteligente e muito bem informado, mandou vários recados,
entre eles: não desprezem a chamada terceira via – tapinha nas costas não
resolve nada, foi ela, a terceira via, a responsável pelo resultado da última
eleição majoritária, seu posicionamento no pleito moveu votos capaz de
influenciá-lo, não subestimem os que pensam com o pensar de que política não é
só cargo ou emprego, não confundam aliado com empregado, aliado vai junto
quando os interesses são comuns, empregado só vai até a sua tarefa realizada.
No mais ainda, restou
claro, os tempos não permitem mais, em que pese a polarização na disputa, a
condução da política eleitoral ou administrativa de forma fechada, restrita a
um solitário mandatário sem a participação de seu grupo de apoio, e grupo, meus
caros, se conquista não se compra.
Um comentário:
Caro Dr. Almir,
Parabéns pela seu artigo. Aliás como uma grande conhecedor, as suas análises foram sempre coerentes e dentro daquilo que se previa.
Só discordo quando você diz que "grupo não se compra, se conquista". Talvez em outra cidade porque em Chapadinha são comprados mesmo! Em Chapadinha tem uns politiqueiros que vive disso.
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