A decisão
do deputado Raimundo Cutrim e o movimento do prefeito Soliney Silva de deixar o
grupo Sarney e manifestar apoio a Flávio Dino viraram símbolos da fragilidade
da oligarquia naquilo que ela tinha como principal trunfo para enfrentar a
tendência de vitória da oposição: a fidelidade de políticos pragmáticos ao
Palácio dos Leões.
Não à toa Soliney e Cutrim viraram alvo da imprensa governista. Entre os argumentos da
desqualificação, duas asserções das mais risíveis: Flávio se descaracteriza como
nome da mudança por aceitá-los e ser sarneísta só passa a ser pecado imperdoável
quando se busca deixar de sê-lo.
De
precedentes históricos como o apoio da Frente Liberal a Tancredo e de centristas
a Lula em 2002, querer negar a importância política da adesão conservadora ou
esperar rejeição de nomes por quem precisa de votos é faceta de quem trabalha
pela manutenção das coisas exatamente como elas estão. Em
se tratando de Maranhão, deixar tudo como está é cruel e desumano.
As vozes das
ruas não pretendem colocar um santo purificado no comando do Estado e, -
conscientes das dificuldades - menos ainda esperam dele (e de outros líderes)
arrogância e soberba que excluam alguém do processo que pode desencadear
alternância.
Nos
últimos apuros do grupo Sarney outras lideranças dele se afastarão e, por
certo, serão demonizadas junto com Flávio Dino por aquela mesma mídia que vai
tentar vender Luis Fernando como o novo, novíssimo, quanto mais seja ele fiel a
Roseana e leal ao velho mando.
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