Não vou me apegar ao fato de o TSE decidir que é inconstitucional o Recurso Contra Expedição de Diploma (RCED), para pedir cassação de mandatos eletivos, anos depois de cassar Jackson Lago usando a mesmíssima ação, porque no mérito, os motivos para afastar o ex-governador falecido só não são mais flagrantes e evidentes que o abuso de poder econômico e político que elegeu Roseana.
Igualmente, não compensa ficar lastimando o poder que Sarney exerceu de forma a impedir a vinda de qualquer ministro de Lula e o brutal boicote ao Maranhão no tempo que sua filha esteve fora do poder estadual.
Quem entra na briga por um destino diferente para o nosso Estado não pode ficar lamentando a força e a astúcia de José Sarney. Na intenção de expor o jogo pesado da oligarquia, certas lamúrias só reforçam o mito.
Como evento colateral, a afastada cassação de Roseana nada decide sobre 2014. Deve – ao contrário – ressaltar o papel de quem de fato e de direito é a um só tempo, juiz e réu no julgamento das urnas: o maranhense.
Muito além de qualquer retórica, é a ambiguidade de condutor ou de vítima de seu próprio destino que a batalha pela alternância deve aguçar nos conterrâneos.
A ânsia das ruas não clama por choro ou descrença, ela protesta por luta e fé no povo como guia da libertação e julgador do Recurso Contra a Perpetuação da Oligarquia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário