Nas
explicações sobre a polêmica do fardamento, para usar termos pedagógicos, diria
que o professor Francejane Magalhães, Secretário Municipal de Educação, alterou
a ordem dos fatores para chegar ao mesmo resultado.
Ao negar
que a prefeitura tivesse de intenção de condicionar o recebimento de farda
mediante participação nos desfiles de 7 de setembro, o secretário disse que a
SEMED consultou alunos sobre a disposição de participarem do evento e diante da
lista de voluntários, tratou de providenciar fardamento suficiente apenas a estes.
Nas palavras
do próprio titular da pasta da educação a estudantada que optou por desfilar
ganhará como bônus uma das 5 mil fardas confeccionadas e os mais de 13 mil alunos
restantes, depois, ou até o final do ano, na medida do possível.
Insistindo
em tratar da farda como um bônus pela civismo “espontâneo”, Francejane
ressaltou a doação dos uniformes como um estímulo a menos de um terço dos
estudantes e, em nenhum momento, parou pra pensar no gesto como uma punição à
maioria que não vai marchar no dia da Pátria, nem no vexame de ter entre as
crianças - em sala de aula - uns fardados outros não.
Pra fechar
a conta e encerrar aula: voluntários ou arrebatados para não ficar sem uniforme,
nenhum estudante que faltar à parada deste sábado, dirá presente vestindo farda
na segunda-feira.
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