terça-feira, 13 de março de 2012

Segurança: O Problema Órfão de Chapadinha

Protesto Pelo Assassinato do Jovem Jefferson: Crime Não Esclarecido 
Com algo em torno de 80 mil habitantes, Chapadinha começa a conviver de um lado com a perspectiva de desenvolvimento e de outro com problemas comuns a cidades que passaram (ou passam) pelo mesmo processo.

Temos várias deficiências que precisam ser enfrentadas, dificuldades que vão desde o péssimo serviço de telefonia móvel à falta de caixas eletrônicos em pontos espalhados, que acabam superlotando as agências bancárias, passando também pela companhia energética que deixa clientes 24horas esperando a boa vontade das equipes para solucionar panes que se repetem.

Contudo os dois problemas mais dramáticos ilustram como a opinião pública (e seus pretensos porta-vozes) se comportam diante do que merece ser criticado. Falo da Saúde e da Segurança Públicas.

As falhas no sistema da saúde – ainda que não se indiquem saídas – são divulgadas e criticadas com fervor. Já o avanço da violência (mortos, assaltos, crack, trânsito...) é assunto quase órfão na mídia e redes sociais.

Crimes e mais crimes acontecem sem que as autoridades policiais apresentem suspeito ou elucidem os fatos, deixando aquela enorme sensação de impunidade que só tende a estimular mais delitos e infrações.

Em grande parte essa predileção por uma deficiência em detrimento das demais, reside na visão míope de que tal problema é municipal e outros estaduais ou nacionais. De pronto os temas que servem ao desgaste eleitoral para o pleito que se avizinha são bem servidos de considerações.  

A legítima pressão aos gestores locais não é seguida pela necessária cobrança às demais esferas de poder. O comprometimento das duas principais alas locais com o grupo Sarney explica a inércia da classe política.

No caso da saúde, por exemplo, o governo Roseana vem construindo Hospitais e Upas em várias cidades em inequívoca demonstração do atraso do Maranhão e reconhecimento do papel do estado na superação do drama. Por que não incluir Chapadinha neste programa?

Do ponto de vista dos formadores de opinião, deixar de cobrar ação do governo estadual na melhoria da saúde de Chapadinha e região é tão equivocado quanto aceitar que as autoridades locais (prefeita, vereadores, promotores, entre outras) continuem tratando o tema da segurança pública como se não tivéssemos assaltos quase diários e como se a obrigação constitucional deste ou daquele extrato governamental fizesse diferença para as vítimas potenciais e, principalmente, para o cidadão atingido. 

UPA de Paulino Neves – Chapadinha Até Agora Nada 
Foto: (Acima) Mauro Queiroz e (Abaixo) Arquivo Secom

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