Em dois
recentes comentários sobre minha lida na imprensa local sou desenhado como
venenoso, traiçoeiro e chamado de blogueiro escorpião. Se soubessem o orgulho
que provocam em mim e imaginassem o esforço que tenho feito pra não envaidecer
com tais manifestações de reconhecimento de protagonismo na mídia, reavaliariam os exageros.
Desde
o lendário Joel Silveira, maior repórter brasileiro de todos os tempos, ser chamado
de “Víbora” pelo estilo irônico e mordaz, reconhecer humor peçonhento em
homens de mídia passou a ser consagração.
Nas
querelas propriamente ditas acusam-me de responder jocosamente a insultos
raivosos e usar de malícia para alvoroçar briga no seio do governo.
Ora
vejam, queriam que eu levasse a tudo a ferro e fogo... Perdoem isso não é comigo.
Levo quase tudo na boa e sou sensível o suficiente até para deixar de responder
caso perceba confusão mental ou desequilíbrio patológico de oponente afetado
pela idade ou aturdido por drama de consciência sindical.
Com
relação ao trato com adversários sou duro, mas busco ser justo. No episódio do
processo de Belezinha contra Isaías, daria voz a ele – talvez com menos gosto –
mesmo se isso resultasse contrário aos meus interesses partidários. Depois de
ter corretamente ouvido, dado voz e até reconhecido a falta de culpa de Isaías
na acusação que sofreu, não posso (ainda que tenha me deparado com um líder mais
cordato e humano) a partir disso, esquecer minha nossa divergência.
Além
disso, convenhamos, Isaías tira Belezinha de seu rico ostracismo, a leva nas
costas na travessia das correntes eleitorais e ela, depois da jornada, tranquilamente inocula
ferroada no ombro do padrinho... Quem é escorpião e quem é lacraia? Respondam
ai!
Lembrando
a víbora original (Joel Silveira) quando ele doutrina que “jornalista não é
aquele que toca na banda, é o que vê a banda passar”, peço que parem de atribuir
onipotência a quem se só reivindica o direito de observar, debater ideias,
escrever e falar.
Joel Silveira: "A Víbora" |
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