O
Isaías que aparentemente segue traído por sua afilhada Belezinha e é alvo de
processo supostamente indevido, soma à sua controvertida biografia o papel de
vítima e de injustiçado. Apesar de as circunstâncias recentes que praticamente
exigem certa solidariedade com Isaías, sua história e até mesmo os
desdobramentos atuais cobram avaliação mais isenta do líder que já foi tudo,
menos santo na política de Chapadinha.
No
passado – além de gestor de péssimos resultados -, de fraude eleitoral, ofensas graves a adversários, ordenar prender opositores, agressão a padres... Tudo
isso e muito mais, Isaías determinou ou fez pessoalmente. Quanto à questão da improbidade e malfeitos com
recursos públicos ele é campeão. Não há lista de contas reprovadas ou tribunal
que não conste o nome completo do líder Isaías Fortes de Menezes. Só pra
ilustrar e deixar claro que os motivos vão além de meras questões formais, cito
duas matérias deste blog em que Isaías é notícia justificando compra de material
de construção com nota de um depósito de bebidas e doando terreno da prefeitura a
familiares.
Mesmo
na crise destes dias, o apego pessoal de Isaías e família às benesses públicas
salta aos olhos: reclama desfeita e diz que não tem perdão, mas para entregar
os cargos nem se mexe. No farto banquete ou nos sobejos do poder os Menezes
continuam à mesa com seus algozes.
Numa
relação em que uma tem medo de colocar pra fora e o outro não tem coragem de
sair, fica cada vez mais claro que – mantidas as atuais condições – fica Belezinha
autorizada a trair ou desgostar Isaías a seu bel prazer e os Menezes livres
para esculhambarem à prefeita o quanto queiram.
Por
isso, ao acompanhar os episódios desta novela, nada de drama. Tudo é só a velha
política e seus interesses de grana e poder separando sólidas amizades e unindo
inimigos irreconciliáveis.
Um comentário:
Quando li a vida de JK - percebi o quanto a vida pública é ingrata, as vezes até inumana - como dizia Ulisses Guimarães - "política é como as nuvens" mudam de posição num piscar de olhos. Jesus na sua imensa sabedoria nos deu a vida e não acredito que tenha sido para ludibriarmos nossos semelhantes. Lamentável, sobretudo quando decepcionamos pessoas da mesma família.
Postar um comentário