Por: Almir Moreira – Advogado
Certa vez, da tribuna da Câmara, não me lembro a motivação, a
respeito do Pe. Neves eu disse: “Padre Neves não é só um dos melhores
chapadinhenses, é o melhor de nós”. Disse pelo que seu passado autoriza como
sacerdote, administrador e cidadão. Uma pausa, prevenção contra a espada sobre
a minha cabeça pelo “exagero” do comentário; claro, ele tem o escopo de realçar
a importância desta grande figura humana para nós ou para mim, evidente.
Embora de outro continente e de outros costumes, mesmo assim
envolveu-se com o nosso dia a dia, até porque não podia ter agido diferente;
afinal, membro da Igreja de Cristo, de doutrina onde fé e obras (fazer e
defender o bem) andam de braços dados. Fé e obras se complementam, obra é
caridade em seu sentido amplo. O estimulo a cidadania é ser caritativo.
Seu questionamento sobre qualquer assunto de nossa comunidade é
válido e bem-vindo; ainda que discordemos dele, separar religião do resto da
vida civil é loucura. É ignorância ou estratégia política. A respeito desta
última condição (estratégia), coisa pra sabido, feita lá na ONU, sua santidade,
o Papa Emérito Bento XVI, já comentou, quando esteve no parlamento alemão –
bundestag –, dizendo: a IGREJA não abre mão na defesa das três grandes colunas
formadoras da cultura ocidental, a filosofia grega, o direito romano e os
valores judaico-cristãos, o fez para mostrar que todo assunto pertinente a
esses temas pode e deve ser debatido. É o que se extrai em última análise dessa
constatação.
Por fim, não nos esqueçamos da Igreja, da qual Neves é um dos
guardiões; não segue o espírito dos tempos, ela faz é criá-lo. Ela é Mãe e
Mestra, não vai a reboque. Ela é condutora, superior ao mundo, em conhecimento,
iniciativa e criatividade. Ela é criadora da civilização, vide Murray Rothbard
e Valter Block, por exemplo, apenas estes para ser econômico, este último,
inclusive, ateu convicto.
Padre Neves deve ser motivo de orgulho nosso, primeiro, porque
ser sacerdote católico não é tarefa para qualquer um, antes de qualquer coisa é
renunciar ao mundo; segundo, por ser membro, como já dito, da maior instituição
deixada pelo Cristo; e, terceiro, por não fugir do bom combate, que é o combate
da cidadania.
Falar mal do Pe. NEVES sem conhecer a ordem dos fatos não é só
falar ao vento, pode ser também caminhar na perversidade, porquanto nada melhor
do que seguir o conselho do Provérbio:
“O que guarda a sua boca conserva a sua alma, mas o que abre
muito os seus lábios se destrói” (Provérbios 13:2-3).
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