sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Demissões Belezazá: Belezinha Má e Isaías Bonzinho

Controlador Guedes, Demitindo em Nome de Belezinha

Depois que o Ministério Público obrigou a prefeitura de Itapecuru a demitir cerca de 1.500 contratados sem concurso público, sob pena de o prefeito daquele município responder por crime de improbidade, a prefeita Belezinha se antecipou e resolveu fazer o mesmo, só que demitindo pequenos grupos de contratados a cada dia.

Numa reunião do Conselho do Instituto de Previdência de Chapadinha o controlador Antônio Guedes declarou que a prefeita o teria incumbido de proceder e anunciar as demissões. Assim a prefeitura demite um pouco de gente de cada vez: no dia da reunião do IPC o controlador informou haver demitido 50 contratados, esta semana as demissões alcançaram professores e auxiliares de serviços gerais ligados à secretaria de educação.

Ao tentar concertar o erro da farra das contratações eleitoreiras, como foi denunciado inclusive por aliados (reveja aqui) e fazer o que determina a lei Belezinha enfrenta resistências que acabam encontrando ressonância pelo método (conta-gotas) escolhido.  

Apesar de ter escalado uma pessoa de fora e sem pretensões políticas (o controlador Guedes), Belezinha sofre desgaste enquanto o ex-prefeito Isaías tira onda de bonzinho e posa de revoltado com os cortes nos contratados.

Num determinado episódio de bastidores Isaías teria dito, em tom de ironia, que na próxima eleição seria bom Belezinha sair pedindo votos ao lado do controlador Antônio Guedes ou apresenta-lo como padrinho político.

Se aliados de Belezinha na mídia como Ivandro Coêlho e Ernani Maia estiverem corretos nas afirmações de que teria sido justamente o ex-prefeito Isaías, em função da candidatura da filha Isamara, o mentor do inchaço da folha de pagamento, a gestora compra o desgaste diário das demissões que têm a cara do governo Belezazá onde Belezinha fica com o ônus corrosivo das metidas impopulares e Isaías com o bônus de mandar na maior parte do orçamento (saúde e educação) e ainda sair de boa, apesar da culpa no caso específico (contratações irregulares e demissões) e da responsabilidade direta com o fracasso de um governo que não fez nada de bom até aqui.

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