A decisão
da prefeita Belezinha de suspender o contrato que o município tinha com a
empresa Queops – cujos detalhes de sua constituição e modo de operação, apurados
por este blog, levantam suspeitas fortíssimas de se tratar de um esquema
laranja – cumpre todas as formalidades de futura defesa jurídica da gestora e
apenas isso.
A
esta altura do campeonato mandar suspender um contrato como este não tem mais o
menor efeito político ou midiático capaz de isentar a prefeita do desgaste de
ver contratos do município sucessivamente na berlinda dos indícios de empresas
fantasmas e empresários laranjas.
Do
escritório eternamente fechado em Chapadinha ao endereço fictício dos
proprietários em Luís Correia, passando pela empresária beneficiária do Bolsa
Família, essa Queops foi ao topo da pirâmide das desconfianças, se é que ainda
podemos tratar o caso pelo caminho inocente das suspeições.
Mesmo
com a tentativa de se afastar do caso da Queops, na improvável expectativa de
sair dizendo que não tem nada com o peixe, pela semelhança com o modus operandi
do Esquema do Lixo e pela relação de personalidades importantes em apoio
eleitoral em 2012 e na sustentação de seu governo, a suspensão do contrato da
Queops a um só tempo confirma a necessidade de investigação verdadeiramente independente e
coloca o esquema do lixo na boca da espirradeira.
Se a
trilha da locação foi interrompida, que critérios justificam a continuação do
contrato com a empresa do lixo? O nascedouro envolver uma firma da empresária
Belezinha? Ser mais fácil se desfazer dos
aliados envolvidos com a Queops, enquanto preserva a Júnior Construções e se
negando a cortar – ai sim – a própria carne?
Com
a palavra a prefeita e quem interessar possa...
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