quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Guarda Armada: Havainas nos Pés, Glock na Cintura


Da importante audiência pública sobre os problemas da segurança em Chapadinha ganhou repercussão algo que deveria ter sido tratado de passagem, mas acabou dominando o debate e virando alvo de discussões nas redes sociais: a possibilidade do uso de arma de fogo por parte da Guarda Municipal.

Embora a lei brasileira preveja a medida, ela é exigente quanto a conferir às Guardas Municipais tal prerrogativa. Compreendo a sensação dos trabalhadores da guarda ao saírem desprotegidos, mas acho que até que se pense em colocar arma de fogo na mão deles vai um longo caminho e a população deva ser ouvida a respeito. 

Por outro prisma, o preconceito quanto à capacidade da guarda também não tem razão de ser e se reveste em descrer do potencial de Chapadinha como cidade.

Imaginem senhores que todo esse alarido de armar ou não a guarda ocorre enquanto as sucessivas administrações lhes negam as mínimas condições de trabalho. Faltando do coturno ao boné nossa guarda anda - nestes dias - mais maltrapilha do que nunca.

Em reunião sobre o tema na prefeitura Belezinha disse que não poderia caracterizar a viatura da GCM porque o veículo era alugado e na frente dela o comandante Pacheco disse que espera ser verdadeira a promessa da chegada de parte do fardamento, prevista para amanhã. Desdém, desconfiança e descaso... 


Enquanto visualizamos a cena do guarda municipal com havaianas nos pés e pistola glock na cintura, esta redução do problema - como agora se apega a mídia governista - só atrapalha o debate dos índices de criminalidade como efeitos de causas sociais anteriores e acode os mandatários do estado e município que falham no enfrentamento da violência na origem e fracassam na contenção das consequências.           

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