Da importante
audiência pública sobre os problemas da segurança em Chapadinha ganhou
repercussão algo que deveria ter sido tratado de passagem, mas acabou dominando o
debate e virando alvo de discussões nas redes sociais: a possibilidade do uso
de arma de fogo por parte da Guarda Municipal.
Embora
a lei brasileira preveja a medida, ela é exigente quanto a conferir às
Guardas Municipais tal prerrogativa. Compreendo a sensação dos trabalhadores da
guarda ao saírem desprotegidos, mas acho que até que se pense em colocar arma de
fogo na mão deles vai um longo caminho e a população deva ser ouvida a
respeito.
Por outro prisma, o preconceito quanto à capacidade da guarda também não tem razão de
ser e se reveste em descrer do potencial de Chapadinha como cidade.
Imaginem
senhores que todo esse alarido de armar ou não a guarda ocorre enquanto as sucessivas
administrações lhes negam as mínimas condições de trabalho. Faltando do coturno
ao boné nossa guarda anda - nestes dias - mais maltrapilha do que nunca.
Em reunião
sobre o tema na prefeitura Belezinha disse que não poderia caracterizar a
viatura da GCM porque o veículo era alugado e na frente dela o comandante
Pacheco disse que espera ser verdadeira a promessa da chegada de parte do
fardamento, prevista para amanhã. Desdém, desconfiança e descaso...
Enquanto
visualizamos a cena do guarda municipal com havaianas nos pés e pistola glock
na cintura, esta redução do problema - como agora se apega a mídia governista - só atrapalha o debate dos índices de criminalidade
como efeitos de causas sociais anteriores e acode os mandatários do estado e município
que falham no enfrentamento da violência na origem e fracassam na contenção das consequências.
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