Após
eleger uma nova diretoria com a participação de pouco mais de 30 pessoas, cerca
de 70 sócios do Aldeota Clube voltaram a se reunir e realizaram nova eleição
com 90% dos votantes inadimplentes, segundo o grupo adversário que realizou
primeira eleição.
No centro
da discórdia o senhor Gervásio Pimentel e a senhora Denise Machado. O objeto da
disputa é um clube caindo aos pedaços e inviabilizado para a realização de
qualquer evento.
Aparentemente
a desavença não seria mais que uma “briga de dois carecas por um pente”, como falou o escritor
argentino Jorge Luis Borges sobre a guerra das Malvinas.
Mas
apesar do declínio o clube está longe de significar algo desprezível na
sociedade chapadinhense: tradicional e dono de riqueza imobiliária cobiçada, o
Aldeota alterna momentos de desinteresse em que passa anos sem realizar
eleições e períodos acirrados como agora.
Justamente
pelo valor material e sentimental que o Aldeota possui, a sensação é que os
dois lados representam – na faixa etária e na falta de propósitos – tudo o que terminou colocando o clube na
mais pesada decadência.
Mas apesar
de cômica, se os 30 de um lado com os 70 de outro somarem-se aos demais ainda
alheios, a crise pode até gerar algo de bom, se o conjunto dos sócios aproveitar
a deixa pra repensar o destino do Aldeota e salvar este patrimônio cultural de
Chapadinha.
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